Stonehenge: Novo estudo explorará sua conexão com ciclos lunares, com base em descobertas recentes


O monumento megalítico em Stonehenge testemunha o fato de que nossos ancestrais tinham uma ideia de fenômenos astronômicos. Embora seja mais conhecido por se concentrar na posição do Sol no céu, uma hipótese sugere que ele também foi criado para monitorar a posição da Lua. Pesquisadores encontraram novas evidências de que ele pode rastrear um evento conhecido como "grande posição lunar", que ocorre a cada 18,6 anos. Observações serão feitas este ano para testar essa hipótese.

Uma grande estação lunar é um fenômeno astronômico no qual o caminho da lua através do céu parece ser interrompido em um determinado momento. Se você acompanhar a posição de sua ascensão e ajuste durante o mês, você pode ver que ele se move entre dois pontos no horizonte. A distância máxima entre esses dois pontos corresponde à "grande estação lunar" e o mínimo à "pequena estação lunar". Essa distância muda a cada 18,6 anos.

Durante uma longa parada, a Lua atinge sua declinação máxima, ou seja, a posição mais distante do equador da Terra, o que cria a ilusão de repouso neste ponto por um período de um ano e meio a dois anos. Neste momento, a Lua parece nascer ou se colocar mais ao norte ou ao sul do horizonte do que o normal.

Embora os megálitos de Stonehenge tenham sido erguidos há 2.500 anos para marcar os solstícios, uma equipe de especialistas de várias universidades sugere que alguns deles também foram erguidos para comemorar a grande estação lunar.

Remanescentes correspondentes à "Grande Lua em Pé"

Na fase inicial da construção do monumento (entre 3.000 e 2.500 a.C.), os moradores cremavam seus mortos e realizavam ritos religiosos em estruturas circulares de pedra cercadas por um fosso e monte. No círculo principal da pedra, foram encontrados 56 buracos rasos, localizados em círculo. De acordo com os arqueólogos, estes são provavelmente os antigos locais de pilares verticais de madeira.

Atenção especial dos pesquisadores foi atraída por objetos mais ou menos distantes da estrutura principal. São quatro pedras de sarsen (arenito silicificado, comum na região) de tamanho modesto, dispostas em um retângulo ao redor do local. Deve-se notar que apenas duas dessas pedras ainda estão no local, enquanto as outras duas deixaram vestígios ocos distintos de sua localização. Os lados do retângulo são alinhados paralelamente ao eixo principal do grande círculo de pedras, e o comprimento limita o lado externo do círculo.

Restam apenas duas pedras da estrutura retangular.

Especialistas acreditam que o comprimento da estrutura retangular coincide com as principais paradas lunares. "É possível que tenha havido uma conexão inicial entre a localização de Stonehenge e a Lua, que foi então acentuada na construção do retângulo de pedra", explicam em artigo publicado no site The Conversation. A maioria das cremações está concentrada na parte sudeste do monumento, especialmente na direção da parada lunar principal. O local também foi marcado por três pilares de madeira.

No entanto, apesar de um crescente corpo de evidências arqueológicas apoiar essa hipótese (a marcação da parada lunar principal), "os pesquisadores vêm discutindo há anos se isso foi intencional e, em caso afirmativo, como foi feito e qual pode ter sido seu propósito", diz Clive Ruggles, professor emérito de arqueoastronomia da Universidade de Leicester, no Reino Unido, em entrevista ao The Guardian.

No futuro, pesquisadores da English Heritage, da Universidade de Bournemouth, da Universidade de Oxford, da Universidade de Leicester e da Royal Astronomical Society estudarão essas questões. A próxima grande estação lunar começará em janeiro de 2025 e proporcionará uma oportunidade para observar seu impacto em Stonehenge. Segundo especialistas, até novembro de 2025, a Lua se cruzará com o retângulo de pedra duas vezes por mês.

No entanto, é importante notar que essas observações serão repletas de obstáculos, especialmente durante os períodos da lua nova. Além disso, durante os períodos em que a pedra estará visível, não se sabe se a luz que ela projeta será forte o suficiente para projetar sombras e como elas interagirão com outras pedras. A pesquisa também dependerá de outros fatores, como as condições climáticas.

"A observação direta dessa conexão em 2024 e 2025 é crucial. Ao contrário do Sol, rastrear os extremos da Lua não é fácil e requer tempo e condições climáticas específicas", explica Amanda Chadburn, pesquisadora visitante da Universidade de Bournemouth e pesquisadora do Kellogg College, da Universidade de Oxford, em um comunicado à imprensa.
Gustavo José
Gustavo José Fascinado pelo mundo do terror e do suspense, sou o fundador do blog Terror Total, onde trago histórias envolventes e arrepiantes para os leitores ávidos por emoções fortes.

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