Eu Descobri Que Alguns Pesadelos São Reais


Thomas e sua mãe haviam acabado de se mudar para uma nova residência. Pois em sua antiga casa era muito difícil de se morar, o problema nem era a casa, mas o lugar em que ela se encontrava. O barulho da vizinhança era insuportável, a ponto de não conseguirem dormir direito. Nas noites de festas, que eram quase todas, os vizinhos viravam a noite na farra. 

O barulho estrondoso dos alto falantes incomodava muito, a ponto de não aguentarem mais. Até que dona Josefa resolveu mudar-se com seu filho de doze anos para um novo lar.

Chegando na nova residência, que já não se encontrava em um tão bom estado, talvez por conta do tempo que se encontrava desocupada, a poeira havia tomado conta de tudo,  e os matos que estavam nada pequenos, já subiam as paredes, beirando janelas da casa.

Thomas foi brincar com seu novo vizinho Jackie, apenas dois anos mais novo que ele, enquanto sua mãe arrumava a casa. Ele e seu novo amigo brincavam de um jogo estranho, onde Thomas tinha que correr para sobreviver, pois seu amiguinho Jackie seria um espírito vingativo que estaria a sua procura... Eles seguiam um manual de instruções de um livro velho de capa estranha, que Jackie havia achado no lixo à alguns dias. Eles corriam e pulavam, recitando as estranhas palavras do livro.

A noite caiu antes que Josefa e os pais do garoto Jackie, que se ofereceram para ajudar a nova vizinha, terminassem de desempacotar tudo, e tiveram tempo apenas de arrumar  os quartos e a cozinha, restando a sala de estar e alguns cômodos. A casa antiga intrigava a noite com seus ruídos estranhos. A madeira seca não parava de estalar, porém era suportável, considerando o estado anterior da qual haviam saído.

Thomas se encontrava em seu quarto, e por ainda não haver energia elétrica na casa, sua mãe havia deixado uma lamparina acesa em seu quarto, a fim de espantar os medos noturnos do garoto.

Já era tarde da noite quando Thomas se acordou com um estrondoso barulho em seu quarto; ao abrir os olhos, percebeu que a janela estava escancarada, e chovia forte, o vento frio tomava conta do ambiente. Ele se levantou um pouco tonto devido a alta sonolência em que estava e se encaminhou para a janela, a fim de fechá-la. Porém se deparou com algo estranho ao seu redor:

Ele se encontrava em uma espécie de navio em alto mar, as ondas o balançavam de um lado para o outro. O garoto assustado por não saber o que estava acontecendo, dando passos largos para trás, chora a procura da mãe, que acorda assustada ouvindo os gritos de desespero do filho, que corre descendo as escadas ao observar um ser estranho na janela, seu rosto pálido coberto de feridas, com olhos vermelhos e cabelos cor de fogo, ele atravessava a janela de fora para dentro, caminhando vagarosamente em direção ao garoto.

Com a casa balançando de um lado para o outro, os móveis caindo ao chão, e o teto a ponto de desabar, Josefa acorda ouvindo os pedidos por socorro de seu filho, pronta para acudí-lo, ela pega a lamparina acesa em sua cabeceira, mas, porém, escorrega em alguma coisa ao descer da cama, desmaiando ao  bater com a cabeça no chão.

Na manhã seguinte ela acorda apavorada, com os pensamentos voltados para o filho, se levanta às pressas sentindo uma dor enorme em sua cabeça, caminha ao quarto do filho, e o encontra jogado no chão, a janela estava aberta e tudo estava devidamente no lugar em que deixara na noite anterior, seu filho dormia profundamente embaixo dos lençóis. Ela caminha para a cozinha para tomar um pouco de  água. Certamente tudo aquilo deveria ter sido apenas um pesadelo inesperado. 

Mas não, chegando na cozinha, Josefa se deparou com o corpo sem vida de seu filho no chão, completamente ensanguentado, com marcas de facadas por todo seu corpo e sete velas negras acesas ao seu redor. Ela se apavorou... Não entendia o que estava acontecendo, pois havia acabado de ver seu filho dormindo na cama, ou não, pois não tinha visto seu rosto.

A mulher se encontrava sem reação, totalmente paralisada, quando ouviu passos de alguém descendo as escadas atrás de sí, o barulho inquietante da faca riscando a madeira seca chegava inquietante aos seus ouvidos.
Tio Lu
Tio Lu Os meus olhos contemplaram fatos sobrenaturais e paranormais que fariam qualquer valentão se arrepiar. Eu não sou apenas um investigador, tampouco um curioso, sou uma testemunha viva de que o mundo sobrenatural é mais real do que se pensa.

1 comentário em "Eu Descobri Que Alguns Pesadelos São Reais"

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Ótimo conto de terror, parabéns pelo conteúdo. Espero mais