Tentei correr, mas as árvores pareciam se fechar ao meu redor


A noite caía densa sobre a floresta, um manto de sombras entrelaçado por galhos retorcidos. O ar estava pesado, carregado de um silêncio que parecia pulsar. Foi quando a vi pela primeira vez: uma figura etérea, emergindo da névoa como um espectro nascido da escuridão. Seus cabelos longos e negros cobriam o rosto, mas seus olhos, dois pontos luminosos de um azul glacial, perfuravam a noite. A mão pálida se ergueu, os dedos ossudos esticados em minha direção, como se me chamasse para um destino inevitável.

Meu coração disparou. Tentei correr, mas as árvores pareciam se fechar ao meu redor, seus troncos gnarled formando uma prisão viva. O som de passos molhados ecoava atrás de mim, acompanhado por um sussurro agudo que gelava o sangue. Olhei para trás e lá estava ela, mais perto, o vestido branco flutuando como se movido por um vento invisível. Sua presença era fria, um vazio que sugava a vida do ambiente.

Tropecei, caindo sobre as folhas úmidas. Quando ergui os olhos, ela estava diante de mim, a mão agora a centímetros do meu rosto. Senti um arrepio percorrer meu corpo, uma sensação de que algo dentro de mim estava sendo arrancado. Antes que pudesse gritar, a escuridão me envolveu, e o último som que ouvi foi o riso distante dela, perdido na vastidão da floresta.
Gustavo José
Gustavo José Fascinado pelo mundo do terror e do suspense, sou o fundador do blog Terror Total, onde trago histórias envolventes e arrepiantes para os leitores ávidos por emoções fortes.

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