Os smartphones aumentaram os riscos de depressão e obesidade em crianças
Nas sombras de um quarto iluminado apenas pela luz azulada de uma tela, as crianças de hoje nascem já condenadas. O smartphone não é um brinquedo; é a primeira corrente que as prende a um futuro de vazio, gordura e noites sem fim.
Elas o recebem cedo demais, às vezes antes mesmo de saberem amarrar os sapatos. Aos 11 anos, em média, já carregam no bolso um portal para o nada. E o preço chega rápido.
Um estudo frio, publicado na revista Pediatrics, analisou 10.588 adolescentes e confirmou o que muitos pais suspeitam no silêncio da madrugada: quanto mais cedo o smartphone aparece na vida de uma criança, mais rápido a escuridão se instala.
Aos 12 anos, quem já tinha o aparelho:
• 30% mais chance de depressão
• 40% mais chance de obesidade
• 60% mais chance de noites em claro, olhos ardendo, mente girando em loops de vídeos idiotas
Os cientistas não ousam dizer que o smartphone é o único culpado. Mas sabem o que ele faz: rouba as conversas cara a cara, rouba o movimento, rouba o sono. Substitui amigos de carne e osso por fantasmas digitais. Transforma corpos em formas pesadas e mentes em ruínas silenciosas.
O mais cruel: isso acontece mesmo quando o uso parece “normal”. Não é preciso ser viciado. Basta ter o aparelho. Basta ser criança.
Os pesquisadores admitem que o efeito é pequeno em números. Mas a adolescência não perdoa pequenos danos. Um quilo a mais aos 12 vira doença aos 30. Uma noite mal dormida vira colapso aos 20. Um vazio sentido aos 13 vira tentativa de suicídio aos 17.
Eles não sabem exatamente o que essas crianças fazem nesses celulares (redes sociais? jogos? pornografia? tudo junto?). Não importa. O veneno já está dentro de casa, no bolso, na mãozinha que mal consegue segurá-lo.
Os autores não pedem que se jogue o smartphone no lixo. Pedem “supervisão especial”. Como se fosse possível vigiar uma criança 24 horas por dia. Como se o dano não começasse no instante em que o aparelho é entregue.
A verdade que ninguém quer dizer em voz alta: entregamos às crianças, antes mesmo da puberdade, uma máquina feita para viciá-las, isolá-las e adoecê-las. E depois fingimos surpresa quando elas crescem tristes, gordas e sem dormir.
A luz azul não ilumina. Ela consome.
E está consumindo a infância inteira, uma notificação por vez.
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